“Não desista! Apesar das dificuldades, tudo é possível”

Luís Vinicius Cunha de Oliveira

 

“Sou caipira/ Pirapora nossa/ Senhora de Aparecida/ Ilumina a mina escura e funda/ O trem da minha vida”

São alguns dos versos mais famosos da canção Romaria, um clássico da nossa MPB, eternizado pela voz do cantor e compositor paulista Renato Teixeira.

No Vale do Paraíba, região localizada na porção nordeste do estado mais populoso da nação, mais precisamente em Aparecida, está o lar da Padroeira do Brasil, homenageada pela viola de Teixeira.

Cachoeira Paulista, outro município da região, está há poucos quilômetros do lar da Virgem Maria.

Com uma população também predominantemente cristã, abrigando o Santuário do Pai das Misericórdias, a cidade que, hoje, tem pouco mais de 33 mil habitantes, herda em seu nome as corredeiras do Rio Paraíba do Sul.

Luís Vinícius Cunha de Oliveira nasceu e cresceu nessa cidade. 

Apaixonado por praticar esportes, esse jovem de 21 anos estudou, por grande parte de sua vida, em escola pública. 

Entretanto, um episódio em particular mudou a vida desse cachoeirense.  

 

“Um dos acontecimentos chave na minha vida, o qual posso dizer que foi um estopim para eu entender como a educação é importante na vida das pessoas, foi quando eu estudava em uma escola particular e participei da Olimpíada Brasileira de Astronomia e ganhei a 1ª medalha de ouro da escola, superando as minhas expectativas e as dos outros também. A partir desse momento entendi que a minha dedicação e foco nos estudos iria me transformar como pessoa”.

 

Luís fez o ensino médio em paralelo com um curso técnico em química. Quando o concluiu, conseguira um estagio e, concomitantemente, tornou-se aluno do MACVEST, cursinho pré-vestibular da Associação Marie Curie Vestibulares, em Lorena/SP, limítrofe à sua cidade-natal. 

O geminiano trabalhava e estudava para o vestibular antes de ingressar à Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (EEL/USP) – onde cursa a graduação em Engenharia Química – e ao MACVEST, como voluntário.

 

“Como fui aluno do cursinho, meu primeiro pensamento foi retribuir aquilo que recebi: o impacto e a mudança em mim. Quis fazer parte da mudança que a educação pode causar na vida das pessoas”.

 

Também às margens da atual Rodovia Presidente Dutra (BR-116) cresceu Amácio Mazzaropi (1912-1981), mais precisamente entre Taubaté (onde há um museu em sua homenagem) e Tremembé, cidade vizinha. 

O saudoso ator, comediante e diretor marcou época em filmes que perduram gerações.

Assim como o maior cômico do cinema brasileiro, Luís é extrovertido, brincalhão. Ama fazer as pessoas rirem.

Dessa forma, ele destaca o impacto de sua experiência em um cursinho popular, principalmente nas suas crenças e comportamentos ao longo da vida.  

 

“Quando entrei no cursinho eu tinha muitas atitudes machistas e a mente “fechada” para muitos conceitos. Ao conhecer os professores e a estrutura diferencial do cursinho MACVEST, isso mudou minha visão de mundo, e eu desenvolvi mais empatia pelas pessoas. Desde então, busco me tornar uma pessoa melhor e impactar a vida de jovens que, assim como eu, vieram de escolas públicas e são limitados pela realidade em que vivem”.

 

O trem da vida de Luís ganha maior velocidade na Terra das Palmeiras Imperiais (Lorena), também no Vale do Paraíba.

Voluntário da área de Marketing do MACVEST, ele também busca desenvolver-se em Soft e Hard skills para, em um futuro próximo, ingressar no mercado de trabalho.

E essa nova etapa de sua vida começou há dois anos. 

 

Entrei em 2018 na faculdade, e de imediato iniciei meu trabalho como professor de geografia no cursinho, onde eu lecionava a matéria, além de produzir listas de exercícios, questões para o simulado e atividades extras. Após o primeiro ano eu queria me desenvolver mais, fazer mais pelo cursinho que foi uma parte importante da minha história. Então decidi trabalhar na área de captação de recursos, na qual era responsável por prospecção de novos parceiros e manutenção dos antigos. Ao completar dois anos no cursinho, comecei a pensar em sair, porém meus amigos confiaram a mim o cargo de coordenador de marketing. Sendo assim, postulei-me para o cargo que atualmente ocupo. Neste último, estou gerindo a área de marketing do curso MACVEST na Marie Curie Vestibulares, cuidando da identidade social, mídias digitais e estratégias de marketing”.

 

Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, disse, uma vez, o filósofo e educador pernambucano Paulo Freire (1921-1997). 

E se Luís foi agraciado pelo poder transformador da educação em sua jornada, ele também pôde gerar uma gama de possibilidades para os alunos assistidos pelo MACVEST.

 

“Assim como citei antes, fui transformado pelo cursinho e quis fazer parte disso. Saber que o meu trabalho no cursinho impacta cerca de 100 jovens ou mais é muito gratificante e nos dá uma sensação de trabalho bem feito. Todo ano, ao ver nossos resultados, eu sinto: “pude fazer um pouco pelo mundo, mesmo que o mundo seja a vida de uma pessoa”.

 

Turmas de 2019 do MACVEST (acima) e MACVESTINHO (abaixo).

 

O jovem paulista ainda reforça o papel da educação na emancipação social, e no reforço às competências socioemocionais, citando, em especial, exemplos de pessoas próximas. 

Ao largo das curvas do Paraíba do Sul, Luís foi aluno do MACVEST, uma pessoa transformada. 

Noutras vezes, ele é vetor dessa mudança no cursinho.

 

“Assim como citei, em mim foi transformador em questões sociais, pessoais e acadêmicas. Ademais, presenciei a mudança na vida de um amigo, que cursou o cursinho comigo. Ele era tímido, sem autoestima e sem confiança e veio de um contexto de vulnerabilidade social. O cursinho possibilitou a ele a ingressar numa ótima faculdade no curso desejado, além de mudar sua visão de mundo, o desenvolver pessoalmente e, futuramente, mudar sua situação socioeconômica”.

 

“A plataforma dessa estação/É a vida desse meu lugar” canta Maria Rita, em seus “Encontros e Despedidas”.

A estação ferroviária de Cachoeira Paulista foi considerada, no fim do século XIX, como uma das mais importantes e magníficas construções ferroviárias da história do país.

Certamente, Luís Vinícius Cunha de Oliveira já está cheio de lembranças dessa plataforma.  

 

“Muitas pessoas no Brasil e no mundo crescem sem oportunidades. Cabe a nós como seres humanos diminuir a desigualdade e oferecer oportunidades a quem não as teve. Hoje a educação representa para mim a chave que abre muitas portas, porém deve-se ter coragem e força de vontade para adentrar estas portas, que podem ser muitas coisas, como realizar um sonho, crescer pessoalmente, impactar vidas, entre outras coisas”.

 

Evento de recepção dos calouros da EEL/USP promovido pela Associação Marie Curie

 

O rapaz nascido em Cachoeira Paulista, apaixonado por esportes, amante do riso, uma vez estudante de escola pública e medalhista de ouro de uma Olimpíada Brasileira de Astronomia, hoje, estuda na Universidade de São Paulo, na vizinha Lorena, onde se formará como engenheiro químico e, posteriormente, esbanjar e compartilhar seu talento para além dos limites desse Vale do Paraíba de Monteiro Lobato, Hebe Camargo, Mazzaropi e cia. 

Haverão muitos mais quilômetros de trilhos a percorrer em sua romaria.

E para que você siga esse caminho que ele, e todos nós temos o direito de seguir, ele afirma: 

 

“Meu conselho seria NÃO DESISTA. Apesar das dificuldades tudo é possível. Você vai enfrentar diversos desafios ao longo da vida e o segredo é encará-los com muita força de vontade e, claro, diante de dificuldades não temer, pedir ajuda, seja para um cursinho popular ou para uma pessoa mais experiente. A educação pode e vai mudar sua vida, basta você querer e se dedicar em ser uma pessoa melhor. Tudo que plantamos, vai ser colhido um dia”.

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