Humans of Cursinhos: Vanessa Manholer, presidente do MACVEST

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Estudante de Engenharia Química da USP e atual presidente do Cursinho Universitário Popular MACVEST, Vanessa conta um pouco da sua história, do seu trabalho e da sua dedicação pelo MACVEST.


Vanessa, hoje você é presidente do MACVEST, mas eu gostaria de saber: Como você foi parar no cursinho? O que você já fez por lá?

 Fui parar no cursinho prestando o processo seletivo para ser professora de Geografia do Brasil dentro do cursinho. Amava geografia. Queria compartilhar conhecimento e informação, acredito que tudo que aprendemos de novo não faz sentido se caso não compartilharmos com outras pessoas. Ninguém conquista nada sozinho, tudo é uma luta em conjunto. Simplesmente foi a melhor escolha da minha vida.

Fui muito além de professora, fazia “aulões de revisão” durante os finais de semana, conversava com muitos alunos sobre outros assuntos que não estavam relacionados com a matéria em si, mas que eram essenciais para ajuda-los a estudar e focar. Tentei ser uma amiga e abracei todos eles com todo meu coração. Me envolvi muito e queria sempre fazer mais e mais. Sabia que eu podia fazer mais por esse projeto e pelos meus alunos, e tudo iniciou no ENCUP [Encontro Nacional dos Cursinhos Universitários Populares].

Eu e uma amiga, Ana Maria, nos organizamos e fizemos rifas pra tentar pagar o transporte da Van para o ENCUP: Queria de todo jeito despertar mais os voluntários, tinha certeza que se lutássemos mais, podíamos alcançar e impactar muito mais do que já impactávamos.

Posso dizer que o tamanho do meu amor pelo MACVEST é o motivo da força dentro de mim, pra fazer até o impossível para impactar a vida dos nossos alunos.

De onde vem sua vontade de ir além da sala de aula? E como ela se reflete no que você vivencia no MACVEST?

Com certeza, por toda vida tive que lutar muito pra conseguir ingressar na faculdade, pra ter um ensino de qualidade, recebi sempre muito apoio dos meus pais, mas sempre tive em meu coração uma vontade de fazer mais. De impactar mais. Me perguntava todos os dias: Como posso, realmente, fazer a diferença? EDUCAÇÃO.

Nosso propósito vai muito além de aprovar alunos no vestibular, queremos de fato impactar a vida deles, por isso, além das aulas semanais, desempenhamos vários outros eventos para desenvolvimento individual de cada um. Eles crescem muito dentro do projeto. E pra nós, esse é o legado que queremos deixar: Mostrar o quanto eles são capazes de conquistar o que eles querem.

Precisei trabalhar como monitora de sala num cursinho pré vestibular, meus pais realmente não tinham condição nenhuma de arcar com os custos de um cursinho. Todo conhecimento que aprendi tanto no Colégio Embraer, quanto no cursinho, precisava ser compartilhado com outras pessoas, eu sabia que podia ajudar de alguma forma e sem pensar duas vezes, prestei o processo seletivo.

Você é uma pessoa claramente apaixonada pelo MacVest, de onde você tira toda essa motivação? O que te faz acordar e querer ir trabalhar?

Todo esse amor e essa motivação que sinto vem dos meus alunos, sou totalmente apaixonada por eles e faria até o impossível para tirar o sorriso de cada um. Quando acordo de manhã, é isso que me vem à mente: Como posso, hoje, impactar positivamente a vida de cada um deles dentro do MACVEST? E fora dele?

Todos os nossos projetos e o esforço de cada voluntário é pautado em fazer a diferença na vida de cada aluno. O que me motiva é o abraço de cada um, é o brilho nos olhos, é o sorriso quando estão felizes. Faria de tudo por eles. Posso dizer que são a minha vida, é com toda certeza minha maior paixão.

Tem alguma história ou situação que te marcou muito na sua jornada dentro do cursinho?

Com toda certeza, um momento que me emocionei muito foi quando uma aluna me disse: “Você é o meu maior exemplo. Me perguntaram uma vez quando eu era criança o que eu queria ser, se eu pudesse voltar no tempo, com toda certeza eu responderia: Eu quero ser igual a você.”

Outro momento muito especial foi pintar os rostos de tinta no final do ano e ver cada sorriso de “ Eu passei.” É bom demais.

Um aluno nosso, passou na USP, em Engenharia Química, aqui em Lorena. Depois, prestou processo seletivo e agora é um dos nossos voluntários. Isso me emocionou demais.

Você foi no ENCUP ano passado e já me disse que irá de novo esse ano, o que esse evento trouxe pra você e pro MACVEST e o que você espera para esse ano?

Quero com toda certeza levar os voluntários e despertar neles tudo que senti aqui dentro do meu coração quando fui. É maravilhoso ter a sensação que podemos impactar muito além do que a gente imagina. Quero que eles sintam essa energia de união de todos os cursinhos populares.

Que tipo de ganho esta experiência, de ser parte de um Cursinho Universitário Popular, está proporcionando na sua vida pessoal e profissional?

Cresci muito como pessoa. Tive que aprender muito para exercer uma boa gestão. É um desenvolvimento fora do sério. Você aprende a melhorar a comunicação interpessoal, a ter uma visão estratégica das coisas o tempo todo. É impossível parar de pensar em novos projetos e entender o quanto isso pode impactar vidas.

Por fim, eu gostaria de saber: o que você quer ser quando crescer?

Quero continuar impactando vidas de diferentes maneiras.  Eu e o Christian, vice-presidente do MACVEST, conversávamos muito e sempre tivemos conosco aquela vontade absurda de abrir uma escola proporcionando um ensino diferenciado no país.

Quando crescer, vou continuar impactando outras pessoas, sinto que nasci pra isso. Me sinto feliz e realizada assim. Acredito muito na frase do Nelson Mandela “A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo.” Tenho certeza que é isso o que quero, impactar vidas despertando sonhos dentro das pessoas.

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