Humans of Cursinhos: Maria Vitória, aluna de Medicina e ex-aluna do CASD

Dessa vez, a entrevista da série Humans of Cursinhos é com alguém que realizou o sonho da Medicina por meio do movimento universitário de cursinhos. Maria Vitória Silva Prado, 21 aninhos, ex-aluna do CASD Vestibulares, hoje vive o sonho do seu primeiro ano de Medicina na UEL!


Maria Vitória, a sua história é uma história inspiradora de muito suor! Ouvi dizer que pra estudar e se preparar no CASD, você teve que mudar até de cidade! Como você chegou a prestar o vestibulinho e ir pro CASD?

Maria Vitória comemorando a suada aprovação em Medicina

Maria Vitória: Assim que terminei o ensino médio na minha cidade de origem,  Caraguatatuba – SP (uma cidade próxima a São José dos Campos, a cidade da sede do CASD), já prestei o vestibulinho do CASD, mas não me mudei naquele ano… Tentei estudar na minha cidade mesmo.

No próximo ano sim me mudei pra São José, indo morar com minha vó, que é de lá. Deixei Caraguá e, no começo, foi difícil, pois São José é uma cidade grande e eu não conhecia quase ninguém! Além disso, rolou aquele impacto inicial dos primeiros anos de cursinho, pensando “caraca, eu não sei de nada… não vou conseguir passar no vestibular…”.

Mas, depois de me ambientar, deu tudo certo, pois vi que o CASD era o melhor lugar que eu poderia estar! Eles sabiam lidar com as lacunas que, infelizmente, muitas vezes são deixadas pelo ensino médio da rede pública.

Você sempre soube que queria correr atrás de estudar medicina? E sua família, sempre acreditou nessa possibilidade e apoiou toda a luta que viria por trás disso?

Maria Vitória: Sempre admirei a carreira de Medicina… Entretanto, achava que não seria capaz de ingressar na faculdade devido a situação econômica da família, pois não teríamos condições de bancar um cursinho particular específico. A partir daí passei a manter um sonho de estudar em uma universidade pública, mas o cursando Direito!

No segundo ano do Ensino Médio, mudei de ideia de novo, decidi encarar o desafio de prestar Medicina e, ao mesmo tempo, já comecei a pesquisar sobre o CASD.

Minha família, em especial minha mãe, meus irmãos, minha vó e o meu pai (que já está pertinho de Deus) foram maravilhosos! Sem dúvida alguma eu não teria conseguido sem eles que sempre me apoiavam, motivavam e não “deixavam a peteca cair”. Essa conquista foi de todos nós!

Todo mundo sabe como o feito de passar em medicina demanda esforços. Como era sua rotina antes da aprovação?

Maria Vitória: Minha rotina era intensa! Como o CASD é noturno, eu e o grupo de estudo que formamos, o grupo Foco, passávamos o dia todo na Biblioteca Municipal estudando (das 8h às 16h). Logo após deste período, já íamos pra sede do CASD, pros plantões de dúvidas e pras aulas.

Aos sábados, ia pra biblioteca somente na parte da manhã pois neste dia as aulas eram na parte da tarde. Aos domingos e feriados, quando não tinha simulado ou aula, e quando julgava necessário, estudava normalmente.

Como o ensino que você recebeu do CASD foi diferente do ensino que recebeu no Ensino Médio regular?

Maria Vitória: Foi totalmente diferente!!! Na escola onde eu estudava, não tínhamos um ensino tão específico para os vestibulares. Além disso, na maioria das vezes, sequer tínhamos acesso aos conteúdos básicos que eram cobrados nas provas.

E como você lidava com a pressão dessa época de se preparar pro vestibular?

Maria Vitória e amigos comemorando sua aprovação em Medicina

Maria Vitória: Eu tentava levar tudo da melhor maneira que podia, me mantendo sempre ao lado de pessoas que torciam por mim de verdade e de amigos que tinham o mesmo objetivo que eu: o da aprovação!

Você via histórias ali dentro do CASD nas quais modelou a sua?

Maria Vitória: Com certeza! Em toda parte do CASD Vest há histórias para se espelhar… Seja de professores que se dedicaram muito pra chegar onde estão, ou ainda de colegas, que com situações adversas conseguem se manter firme nessa trajetória tão árdua de busca da aprovação no vestibular.

Como você se sente sabendo que sua história de aprovação, que ocorreu há pouco tempo, já serve pra inspirar tantos outros alunos?

Maria Vitória: Me sinto muito feliz, pois antes da minha aprovação, a história de outros ex-alunos me inspirava… Agora, poder servir de exemplo é mágico! Minha ficha de tudo isso ainda não caiu!

Depois de toda essa jornada, você se vê como voluntária em um Cursinho Universitário Popular? O que você, como aluna, via que os professores ganhavam por estarem ali se doando?

Maria Vitória: Com certeza, pretendo retribuir de alguma forma toda esta ajuda e apoio que recebi! Vi que os professores ganhavam muito amor e admiração…. Nós, como alunos, víamos o empenho em cada um deles para nos ajudar a aprender; é impossível que não sejamos gratos e desejemos a cada um tudo aquilo de melhor e mais lindo em suas vidas!

Jaleco de Maria Vitória da Medicina UELE conta pras pessoas que sonham o que você sonhou já saberem o que esperar: como tá o começo do curso de Medicina aí na UEL, em Londrina?

Maria Vitória: Como não entrei na primeira chamada, o começo foi meio “louco”; me senti meio perdida pois a turma já estava em aula há um mês e tive de fazer trabalhos pra repor a matéria perdida.

Agora, já me situei e estou cada dia mais apaixonada pelo curso e convicta que estou no lugar certo! Concomitante a isso, a gratidão ao CASD e a todos que me ajudaram a estar onde estou só aumenta! Hoje, em Medicina, sinto que estou dentro do meu sonho… É indescritível!

 

 

A série Humans of Cursinhos já conta com diversas entrevistas de pessoas que fazem o movimento universitário de cursinhos acontecer! Dá uma olhada aqui no blog pra encontrar mais histórias de alunos, professores e gestores que fazem parte da mudança da educação no Brasil!

Além disso, se quer uma ajudinha pra chegar onde a Maria Vitória chegou, é só se inscrever na nossa newsletter pra receber dicas de estudo, novidades e aquele empurrãozinho que tava faltando 🙂

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *